Antidepressivos, calmantes e pressão alta



Remédio para depressão e calmantes com uso prolongado pode influenciar no aumento da pressão arterial?

A fluoxetina é um medicamento que tem sido usado na depressão e em outras condições como transtorno obsessivo-compulsivo, distúrbio bipolar e síndrome do pânico. Um fato importante sobre a fluoxetina e outros antidepressivos é que estes medicamentos demoram algumas semanas para apresentar os efeitos benéficos.

Os calmantes clonazepam e alprazolam são usados para controlar a ansiedade. No começo do tratamento, tanto para os calmantes como os antidepressivos, recomenda-se que o aumento da dose seja gradual, ou seja, inicia-se com uma dose baixa e vai aumentando aos poucos até chegar a dose desejada. Esta medida serve para reduzir a chance de ocorrerem efeitos adversos. O mesmo se aplica à suspensão do tratamento, ele deve ser feito também gradualmente para evitar a chamada síndrome de abstinência, uma reação que ocorre com a retirada brusca do medicamento. 

Avaliando os efeitos adversos comuns destes medicamentos, não foram encontrados estudos relacionando o uso destes com o aumento da pressão.  Relacionamos abaixo os efeitos adversos mais comuns com uso dos medicamentos citados, alguns inclusive são relatados em sua pergunta. 

Alprazolam: Alterações no apetite, aumento de peso, prisão de ventre, boca seca, confusão mental, problemas de coordenação, vertigens, problemas de memória, sonolência, irritação, diminuição da libido e cansaço.

Fluoxetina: Diarréia, má digestão, perda de apetite, enjoo, boca seca, fraqueza muscular, tontura, insônia ou sonolência, tremores, ansiedade, faringite, rinite e sintomas semelhantes ao resfriado.

Clonazepam: problemas de coordenação, tonturas, sonolência, infecções respiratórias e cansaço.

Os efeitos adversos devem ser comunicados ao médico, pois em alguns casos é necessário mudar a dose ou o medicamento de forma que o paciente receba o melhor tratamento com os menores riscos possíveis. Para os casos de ansiedade e depressão, também é importante que o paciente faça sessões de terapia. Esta medida melhora a resposta do paciente ao tratamento e possibilita melhor controle do problema quando os medicamentos são retirados.

Por fim, podemos destacar que existem outros fatores de risco para a pressão alta que devem ser considerados: o sobrepeso, história familiar, ingestão moderada/elevada de álcool, sedentarismo, síndrome metabólica, diabetes, aumento do ácido úrico e apneia obstrutiva do sono. Portanto, outras condições devem ser investigas pois podem exigir um acompanhamento diferenciado.

Referências:
1. Micromedex Healthcare Series. DRUGDEX System. Greenwood Village, CO: Truven Health Analytics, 2014. http://www.thomsonhc.com/, acessado em 06/10/2014.
2. BestPractice. Disponível em <http://brasil.bestpractice.bmj.com/>.  Acessado em 06 de outubro de 2014.

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