terça-feira, 21 de novembro de 2023

Uso Inadequado e Dependência dos Opioides

 

Por: Ana Carolina de Oliveira Vieira

 

Os opioides são substâncias sintéticas derivadas da papoula, uma planta com nome científico Papaver somniferum. Medicamentos opioides são utilizados como analgésicos para dores agudas crônicas, dores oncológicas, queimaduras e dores pós-operatórias. São indicados e prescritos apenas para casos de altos níveis de dor, por serem medicamentos muito fortes e possuírem um potencial altamente viciante para o organismo. De acordo com um relatório sobre opioides publicado pela Conitec, existem os opioides considerados mais fracos e mais fortes, pode-se citar os como opioides mais fracos a codeína e a  di-hidrocodeína e como opioides mais fortes o tramadol, metadona, fentanil, morfina e oxicodona.  Os opioides fracos geralmente são indicados para dores crônicas moderadas, em menores doses. Já os opioides fortes, são recomendados para dores oncológicas, musculoesqueléticas e neuropáticas, pois são medicamentos indicados para casos de dores severas e são administrados em doses mais elevadas, porém, possuem um alto potencial viciante. Há também os opioides ilícitos, usados como drogas recreativas, como é o caso da heroína, que é um entorpecente derivado do ópio, que possui grande propriedade de dependência nos usuários. 


Os analgésicos opioides são medicamentos de uso e venda controlados no Brasil, que devem ser administrados de acordo com a orientação e receita médica, porém, por possuírem um efeito com grande potencial viciante no corpo humano, inúmeros pacientes que precisaram tomar esse tipo de medicamento em algum momento de suas vidas, se tornaram dependentes e continuaram a fazer o uso indevido desses fármacos até mesmo depois de curados, esse fenômeno acontece principalmente em países com histórico de prescrição de opioides quantitativamente superior.


A dependência dos analgésicos opioides é considerada uma grande problemática no Brasil e no mundo. De acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10), a dependência opioide é definida pela presença de três ou mais dos seguintes critérios: forte desejo ou compulsão para o consumo de opioides; dificuldade no controlo do consumo; tolerância; abandono progressivo ou negligência dos principais interesses ou atividades prazerosas e a persistência do consumo de opioides apesar dos malefícios para o indivíduo. As principais formas de tratamento para transtornos de uso abusivo de opioides são: psicoterapias, grupos de auto-ajuda, tratamento hospitalar, tratamento ambulatorial e tratamento psicofarmacológico. O tratamento farmacológico se baseia no manejo da intoxicação, síndromes de abstinência, agressão ou alterações comportamentais induzidas por drogas e complicações médicas. 


Em virtude das prescrições excessivas dos opioides, o vício, overdoses e taxas de mortalidade atingiram proporções epidêmicas no mundo. Os casos de intoxicação por opioides ocorrem quando há uso elevado de uma substância dessa classe, excedendo a dose da janela terapêutica medicamentosa, causando efeitos tóxicos no organismo. Essa intoxicação pode advir de sobredosagem acidental, interação medicamentosa ou abuso de alguma substância da classe opioide. Os Estados Unidos é o país que os médicos mais prescrevem analgésicos opioides e o que mais ocorre o tráfico ilegal desses medicamentos, sendo, consequentemente, o país no qual ocorrem mais mortes por overdose de opioides, resultando em mais de 564.000 mortes por overdose envolvendo opioides prescritos e ilícitos, de 1999 a 2020, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo americano. No Brasil, a prescrição de opioides tem aumentado cada vez mais ao longo dos anos, como também, o consumo abusivo de opioides não prescritos, sendo eles ilícitos ou não.


No ano de 2019, um estudo foi realizado por um grupo de 19 pesquisadores da América do Sul, liderado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation - IHME (Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde), que analisaram a extensão dos transtornos causados por uso de anfetaminas, cocaína, maconha e opioides nessa região, verificando desdobramentos como dependência, incapacidade e morte. Doze países sul-americanos foram estudados: Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Os resultados encontrados por eles foi que a maioria dos transtornos está associada aos opioides, como a heroína e analgésicos, evidenciando a alarmante crise dos opioides em uma grande crescente na América do Sul.


A crise dos opioides por conta do seu uso inadequado e alto poder viciante, desencadeou intervenções que incentivam maior cautela em sua prescrição, o que também incluiu diretrizes para o manejo da dor aguda e crônica. Entretanto, os opioides continuam sendo os analgésicos de escolha para o tratamento de dores severas e a sua utilização, da forma correta, é um enorme desafio para os profissionais da saúde. Sendo assim, torna-se fundamental a criação de ações educativas para a população, trazendo informações atualizadas, claras e de fácil entendimento, além da orientação e acompanhamento individual do caso de cada paciente. Além disso, as organizações médicas e os conselhos devem apoiar essas ações educativas para os profissionais e divulgar informações seguras para os prescritores, minimizando os riscos de uso e prescrições indiscriminadas. 




























REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). U.S. Department of Health & Human Services. Opioid Data Analysis and Resources. Estados Unidos da América, 2022. Disponível em: <Opioid Data Analysis and Resources | Opioids | CDC> Acesso em: 20 de julho de 2023.


CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). U.S. Department of Health & Human Services. Understanding the Epidemic. Estados Unidos da América, 2022. Disponível em: <Understanding Drug Overdoses and Deaths> Acesso em: 20 de julho de 2023.


BERNARDES, J. Jornal da USP. Opioides em alta: grupo analisa extensão dos efeitos do uso de drogas na América do Sul. São Paulo, 2023. Disponível em: <https://jornal.usp.br/ciencias/opioides-em-alta-grupo-analisa-extensao-dos-efeitos-do-uso-de-drogas-na-america-do-sul/> Acesso em: 13 de agosto de 2023.


KRAWCZYK, N; et al. Rising Trends of Prescription Opioid Sales in Contemporary Brazil, 2009–2015. Estados Unidos da América, março de 2018. Disponível em: <Rising Trends of Prescription Opioid Sales in Contemporary Brazil, 2009–2015> Acesso em: 20 de julho de 2023.


LEAL, R; et al. Centro Universitário Serra dos Órgãos - UNIFESO. Revista de Medicina de Família e Saúde Mental. Uso Indevido e Dependência de Opioides: da Prevenção ao Tratamento. v. 2, n. 1, 2020, pp. 29-44. Disponível em: <https://www.unifeso.edu.br/revista/index.php/medicinafamiliasaudemental/article/view/2239/872> Acesso em: 20 de julho de 2023.


PORTELA, G. Fiocruz. Uso de opiáceos para combater dores crônicas cresce 465%. Rio de Janeiro, junho de 2018. Disponível em: <Uso de opiáceos para combater dores crônicas cresce 465%> Acesso em: 20 de julho de 2023.


SACRAMENTO, A; et al. Ministério da Saúde. Conitec. Relatório para a Sociedade. Opioides Fortes (Fentanila, Oxicodona e Buprenorfina) para o tratamento da dor crônica. Brasil, 2021. Disponível em: <https://docs.bvsalud.org/biblioref/2021/10/1292539/20210723_resoc276_opioides_fortes_final.pdf> Acesso em: 27 de agosto de 2023. 


SACRAMENTO, A; et al. Ministério da Saúde. Conitec. Relatório para a Sociedade. Opioides Fracos (Morfina, Codeína e Tramadol) para o tratamento da dor crônica. Brasil, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2021/Sociedade/20210526_resoc269_opiodes_dor_cronica.pdf> Acesso em: 27 de agosto de 2023. 


SILVA, F.S.G.; MARINHO P.A. Opioides sintéticos: uma nova geração de substâncias psicoativas utilizadas como drogas de abuso. Brazilian Journal of Health and Pharmacy, Volume 2, número 2, 2020. Disponível em: <https://revistacientifica.crfmg.emnuvens.com.br/crfmg/article/view/53/23> Acesso em: 20 de julho de 2023.


TRIVEDI, M.; SHAIKH, S.; GWINNUT,C. Farmacologia dos opioides. Departamento de Anestesia, Hospital Hope, Salford, UK, 2013. Disponível em: <https://tutoriaisdeanestesia.paginas.ufsc.br/files/2013/05/Farmacologia-dos-opi%C3%B3ides-parte-1.pdf> Acesso em: 20 de julho de 2023.


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP. Departamento de Psicobiologia. Opiáceos. São Paulo, 2019. Disponível em: <https://www2.unifesp.br/dpsicobio/drogas/opio.htm> Acesso em: 20 de julho de
2023.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Proibição da prescrição de anabolizantes para fins estéticos, ganho de massa muscular e desempenho esportivo

 


Os Esteróides Anabólicos Androgênicos (EAA), popularmente chamados de anabolizantes, são medicamentos semelhantes à testosterona, que é o hormônio sexual masculino. A testosterona atua promovendo principalmente a manutenção e funcionamento da atividade da próstata e dos testículos, como também possui importante atuação nas modificações do corpo durante a fase da puberdade, além de contribuir para o aumento da massa muscular e ação relevante na regulação comportamental, influenciando nos níveis de estresse e agressividade; logo, a prescrição dos EAA em doses adequadas promove a regulação dessas funções, atendendo assim, às necessidades hormonais de cada indivíduo. Entretanto, estes hormônios estão sendo bastante utilizados em superdoses, entre 10 até 100 vezes a dose terapêutica, e para o fins não prescritos e indicados, na qual a utilização do mesmo está cada vez mais associada à busca por um corpo "sarado" e ao desejo de melhorar o desempenho físico e muscular, principalmente entre os homens. No entanto, os efeitos prejudiciais dessas substâncias no organismo já foram comprovados.

A utilização prolongada e excessiva de EAA pode causar diversos problemas no organismo. Essas substâncias podem desregular a atividade hormonal, uma vez que favorecem a supressão dos hormônios que naturalmente são produzidos nos testículos. Essa supressão ocorre por meio de um mecanismo conhecido como feedback negativo, no qual os próprios hormônios administrados inibem a produção fisiológica de testosterona. Os efeitos neuropsiquiátricos estimulados pelos EAA podem incluir o desenvolvimento de transtornos como depressão, estado de euforia anormal e alterações comportamentais, como maior irritabilidade e agressividade. Em casos mais graves, pode haver até mesmo uma tendência suicida. É importante ressaltar que esses problemas são mais comuns quando os EAA são utilizados em doses superiores às terapêuticas e por períodos prolongados.

Nesse sentido, os EAA podem ter efeitos negativos bem documentados no sistema cardiovascular, como problemas nos níveis de gordura no sangue, pressão alta e problemas de funcionamento do coração, que podem levar a problemas cardiovasculares sérios. No entanto, é pouco comum que homens experimentem sintomas cardiovasculares relacionados ao uso de EAA. Já no sistema hepático o uso desses Esteroides Anabolizantes Androgênicos pode causar danos ao fígado em curto prazo, incluindo condições como colestase (fluxo inadequado da bile) e peliose hepática (presença de cistos no fígado). Além disso, exames de biópsia hepática mostram um aumento na proliferação de células do fígado em usuários. Infelizmente, ainda não temos dados em grande escala sobre os efeitos a longo prazo dessas substâncias em homens. Todavia, há relatos de casos de câncer de fígado, rim e próstata em pessoas que fazem o seu uso. 

No entanto, medidas estão sendo tomadas para regular o uso incontrolado e compulsivo dessas substâncias, uma vez que são muito estimulados nas redes sociais, reconhecidas como meios pelos quais os indivíduos que buscam melhorar a aparência física e o desempenho esportivo procuram se informar e adquirir estas substâncias. Estas plataformas digitais possuem significativa influência, motivando e educando as pessoas a respeito do consumo desses compostos. O uso de EAA pode levar a uma forte dependência, e aqueles que tentam interromper seu uso muitas vezes enfrentam crises severas e podem acabar voltando a consumi-los. Humor deprimido, anorexia, diminuição do desejo sexual, insônia, tendências suicidas, insatisfação com a imagem corporal, tendência ao abuso e dor de cabeça são alguns dos sintomas relatados pelos usuários durante a abstinência.

Em concordância com os riscos à saúde associados ao uso de Esteróides Anabólicos Androgênicos (EAA), é importante ressaltar que recentemente o Conselho Federal de Medicina (CFM) tomou medidas para regulamentar a prescrição dessas substâncias. Reconhecendo os malefícios e os impactos negativos no organismo, o CFM proibiu a prescrição de anabolizantes para fins estéticos, ganho de massa muscular e aprimoramento do desempenho esportivo.

Essa proibição reflete a preocupação em proteger a saúde pública e evitar o uso sem controle e prejudicial dos EAA. A decisão do CFM também destaca a importância de buscar alternativas seguras e saudáveis para alcançar objetivos relacionados à aparência física e ao desempenho esportivo. Promover a conscientização sobre os riscos dos anabolizantes e fornecer informações sobre a importância de uma alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos regulares e adoção de um estilo de vida saudável são medidas essenciais para orientar a população e prevenir danos à saúde decorrentes do uso inadequado dessas substâncias.




Referências:



Aditi Sharma, Bonnie Grant et al. Common symptoms associated with usage and cessation of anabolic androgenic steroids in men. Clinical Endocrinology & Metabolism, 2022-09-01, Volume 36, Edição 5, Artigo 101691. Acesso em 17 de Maio de 2023.

Bradley D. Anawalt. Detection of anabolic androgenic steroid use by elite athletes and by members of the general public. Molecular and Cellular Endocrinology, Volume 464, 2018, Pages 21-27, ISSN 0303-7207. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.mce.2017.09.027. Acesso em 17 de Maio de 2023.

Muhammad J., Hassan A. et al. Anabolic-androgenic steroid use in a young body-builder: A case report and review of the literature. Annals of Medicine and Surgery, Volume 83, 2022, 104567, ISSN 2049-0801. Disponível em: (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2049080122013279) Acesso em 17 de Maio de 2023.


National Center for Biotechnology Information. PubChem Compound Summary for CID 6013, Anabolic Steroids. Disponível em: https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/6013. Acesso em 17 de julho de 2023.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Zolpidem causa alucinação?

Por: Ana Carolina Prado Lima


     Constantemente, nas mídias sociais, vem sendo largamente discutido acerca do “efeito alucinógeno” do medicamento zolpidem e seu uso recreativo, assim como os possíveis risco à saúde ocasionados por essa prática. As denominadas “drogas Z” (zolpidem, zopliclona e zaleplon) foram desenvolvidas com intuito de ser uma opção aos benzodiazepínicos para o tratamento de insônia, com a proposta de terem efeitos adversos reduzidos e causarem menos dependência e abstinência; o sedativo-hipnótico mais utilizado dessa classe é o zolpidem. 

    A insônia é definida pela dificuldade contínua de iniciar ou manter o sono, que desencadeia em um prejuízo diurno subsequente, tais como: prejuízo na produtividade, aumento da probabilidade de cometer erros ou acidentes, dificuldade de concentração e má qualidade de vida e para realizar o tratamento desse distúrbio de sono, é primordial que o mesmo tenha foco multidisciplinar, isto é, além do tratamento farmacológico, deve-se incluir o gerenciamento dos estressores psicológicos (tal como a terapia cognitiva comportamental), para que se tenha mínima dose possível do fármaco e consequentemente, menos efeitos adversos.

     Contudo, alguns indivíduos estão utilizando o medicamento Zolpidem, além de outros da mesma classe farmacológica, de maneira indiscriminada e irracional de modo a obter sensações alucinógenas, utilizando em posologias inadequadas. Em contrapartida, justamente na bula já está descrito que recomenda-se que a administração do zolpidem seja feita quando o paciente já está prestes a dormir e que nenhum agente exterior, como o celular, por exemplo, prejudique o efeito esperado. Importante ressaltar também que os riscos de se automedicar de modo inapropriado e por longo período de tempo geram tolerância e dependência, fazendo com que esse fármaco não seja tão isento de efeitos adversos assim como se predizia. Para exemplificar alguns efeitos adversos adquiridos em casos de superdosagem, pode-se citar a depressão do sistema nervoso central, variando de sonolência ao coma, já nos casos mais leves, pode-se observar também confusão mental e letargia. Vale citar também a amnésia retrógrada, caracterizada pela perda de memória para os fatos que ocorreram logo depois do uso do medicamento que é um efeito colateral comum aos pacientes após algumas horas de administração do fármaco.

      Portanto, é indubitável que o zolpidem seja prescrito (se necessário) no tratamento da insônia na menor dose possível e que a mesma não extrapole de 10 mg por dia. Os efeitos adversos reportados e mais importantes, incluem os comportamentos complexos que têm sido vistos, como dormir, alucinações, aumento do suicídio e dirigir carros enquanto dormem e esses efeitos adversos podem ocorrer mesmo quando o medicamento é utilizado adequadamente nas posologias diárias recomendadas.

       Logo, levar em consideração os riscos tanto psíquicos quanto psiquiátricos é primordial para a escolha da melhor terapia para o paciente, de modo a minimizar possíveis danos que possam ser somados. Dessa forma, consulte sempre seu médico e farmacêutico para obter as informações adequadas sobre a prescrição e administração de seus medicamentos. 



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Edinoff, Amber N et al. “Zolpidem: Efficacy and Side Effects for Insomnia.” Health psychology research vol. 9,1 24927. 18 Jun. 2021, doi:10.52965/001c.24927. Acesso em 29 de setembro de 2022.


Gonzalo Emmanuel Barbosa Eyler, Jhoan Vidal Utria Castro, Dependencia y abstinencia de zolpidem. Reporte de un caso de convulsiones generalizadas, Revista Colombiana de Psiquiatría, 2021. Disponível em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0034745021001311. Acesso em: 19 de setembro de 2022.


SCHWARTZ, Marcus. Sedativos e Hipnóticos. Psiquiatria PUC-RJ. Rio de Janeiro, 2021. Disponível em: clinicajorgejaber.com.br/novo/wp-content/uploads/2021/07/3_jul_2021. Acesso em: 20 de setembro de 2022.


quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Minoxidil Oral para Calvície

Por: Ana Carolina de Oliveira Vieira

A substância ativa minoxidil existe na forma oral e na forma de solução. Na forma oral, o minoxidil, com nome comercial “Loniten”, é indicado no tratamento da hipertensão arterial, por promover uma boa vasodilatação e de longa duração. Já na forma de solução, o minoxidil, com nome comercial “Pant”, é indicado no tratamento da alopecia androgênica (calvície hereditária) em homens adultos. Alopecia androgênica é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. Tanto homens quanto mulheres podem ser acometidos pelo problema, que apesar de se iniciar na adolescência, só é aparente após algum tempo, por volta dos 40 ou 50 anos. A doença se desenvolve desde a adolescência, quando o estímulo hormonal aparece e faz com que, em cada ciclo do cabelo, os fios venham progressivamente mais finos.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Baricitinibe

Primeiro medicamento aprovado para o tratamento de casos graves de Covid-19 no SUS


Por: Ana Carolina de Oliveira Vieira

O primeiro medicamento cientificamente comprovado para tratar casos graves de Covid-19 foi aprovado pela CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS), sendo o princípio ativo o Baricitinibe, que leva o nome comercial Olumiant. Este medicamento está sob a patente da empresa farmacêutica norte-americana Eli Lilly. O baricitinibe já foi autorizado para uso no tratamento de pacientes com Covid-19 nos Estados Unidos, no México, no Japão e na União Europeia. 

terça-feira, 14 de junho de 2022

Você sabe as diferenças entre medicamento de referência, medicamento genérico e medicamento similar? Quando é possível realizar a intercambialidade?

 

Você sabe as diferenças entre medicamento de referência, medicamento genérico e medicamento similar? Quando é possível realizar a intercambialidade?



Por: Ana Carolina Prado Lima


   No cenário atual, torna-se importante conhecer as diferenças existentes entre o medicamento de referência, o medicamento similar e o medicamento genérico. Um dos motivos disso é a falta de abastecimento de medicamentos nas farmácias que vem ocorrendo no primeiro semestre de 2022, o que acarreta no prejuízo do tratamento dos pacientes que fazem uso diário e contínuo de medicamentos e no aumento do preço dos mesmos, visto que a busca aumenta e a disponibilidade diminui.

Mudança no intervalo da administração da vacina contra a Covid-19 e outras vacinas

 Atualizações do Ministério da Saúde sobre a administração de vacinas


Por: Ana Carolina de Oliveira Vieira


No final do mês de maio de 2022, o Ministério da Saúde publicou uma nota recomendando a dose de reforço (terceira dose da vacina) contra a Covid-19 para adolescentes, entre 12 e 17 anos. Como também, no início de junho deste ano, o Ministério da Saúde publicou outra nota recomendando a segunda dose de reforço (quarta dose da vacina) para pessoas com 50 anos ou mais e trabalhadores da saúde de todas as idades. A recomendação vale para quem já tomou a primeira dose de reforço há mais de quatro meses. Sendo assim, surgiram muitas dúvidas sobre o intervalo entre a administração da vacina contra a Covid-19 e a aplicação de outras vacinas. 

quarta-feira, 8 de junho de 2022

Um surto ou uma segunda pandemia? Conheça a varíola dos macacos

 Um surto ou uma segunda pandemia? Conheça a varíola dos macacos


Por: Larissa Cavalcante de Oliveira


A varíola dos macacos é uma doença viral endêmica do continente africano, seu agente etiológico é o vírus Monkeypox. Sua transmissão ocorre pelo contato com o humano ou animal infectado, além de ser transmitida também pelo contato com materiais corporais humanos que estejam infectados, dos quais destacam-se: secreções respiratórias, lesões de pele ou objetos contaminados. O reservatório da doença é desconhecido, mas os mais citados pelo Ministério da Saúde são os pequenos roedores, como esquilos, que habitam a floresta tropical da África. O período de incubação viral é alto, variando de 6 a 16 dias, podendo chegar até  21 dias. Portanto, na maioria dos casos, o contágio ocorre na região endêmica, em viagens ou passeios, mas o diagnóstico realiza-se fora desta região. Sintomaticamente, a doença pode ser identificada por: febre, dor de cabeça, dor muscular, dor nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Visualmente, a doença pode ser identificada por várias erupções cutâneas, principalmente no rosto e nos órgãos genitais, o que faz com que lembre doenças como varicela ou sífilis, mas o diferencial entre elas, é a evolução uniforme das lesões e a crosta formada na varíola do macaco, que são responsáveis pelo potencial infeccioso, já que após a crosta cair o indivíduo infectado não irá mais transmitir a doença.

terça-feira, 31 de maio de 2022

Nirmatrelvir e Ritonavir

Primeira associação de medicamentos para casos leves e moderados de Covid-19 no SUS


Por: Ana Carolina de Oliveira Vieira


O primeiro medicamento cientificamente comprovado para tratar casos leves e moderados de Covid-19 foi aprovado pela CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS), sendo uma associação dos fármacos nirmatrelvir/ritonavir, que leva o nome comercial Paxlovid. Este medicamento já possui aprovação para uso emergencial em vários países como Estados Unidos, Europa, Canadá, China, Austrália, Japão, Reino Unido e México. No Brasil, o pedido de uso emergencial foi apresentado para a ANVISA pela Indústria Farmacêutica Pfizer e foi autorizado, sendo integrado pelo SUS logo após a sua autorização. 

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Segurança das vacinas contra a Covid-19 em crianças e adolescentes

                                                                               Por: Jaziane Barcelos e Vivian Fidelis



A vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 tem como objetivo impedir casos graves e mortes desse público e novas ondas de transmissões, sobretudo pelo surgimento de variantes. Atualmente, existem apenas duas vacinas contra a Covid-19 autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso em crianças: Comirnaty (Pfizer) e CoronaVac (Butantan). A Comirnaty é indicada para crianças entre 5 e 11 anos na dose de 0,2 mL (10 µg), e para adolescentes (≥12 anos) a dose recomendada é a mesma que para adultos: 0,3 mL (30 µg). No Brasil, a CoronaVac está autorizada para uso em crianças a partir dos 6 anos de idade, e a dose recomendada é a mesma que em adolescentes e adultos: 0,5 mL (600 SU).

quinta-feira, 24 de março de 2022

Por: Yanca Nunes e Luiz Suvobida
A variante Ômicron e a vacinação: O que sabemos até o momento

A importância da dose de reforço no combate a novas variantes da Covid-19

As novas variantes de um vírus surgem por um processo natural e esse processo é chamado de mutação. As mutações ocorrem ao acaso, porém quando essas mutações conferem vantagens adaptativas a um organismo, são selecionadas pelo meio e tendem a gerar organismos que serão predominantes em relação ao organismo original. 

quarta-feira, 19 de maio de 2021


                                                                                                                                Por: Luanda Vidal
 



 

terça-feira, 13 de abril de 2021



                                                                                                                                      por Luanda Vidal



sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Vacinas para COVID-19: como a informação afeta a sua decisão?

por Fernanda Lacerda da S. Machado

A decisão sobre usar ou não vacinas é influenciada por diversos fatores: exposição a visões negativas, opiniões de líderes políticos, experiências prévias com os serviços de saúde, assim como contexto social, cultural, comunitário e religioso. Em geral, as pessoas tem uma tendência maior para se vacinar quando:

- É de graça, fácil e conveniente;

- Confiam na vacina e na instituição que está oferecendo;

- Formadores de opinião, amigos, familiares ou outras pessoas semelhantes já foram vacinadas;

- Compreendem como a decisão pode contribuir para a proteção da comunidade;

- Reconhecem o risco da doença e consideram que os benefícios da vacina compensam as possíveis reações adversas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

                                                                                                    por: Jaziane Barcelos